Num tempo em que a maioria valoriza mais o “ter” do que o “ser”, quando a máxima é: “eu quero é mais”, jovens cristãos da Casa de Oração de Cel Fabriciano, organizaram nos dias 1 e 2 maio de 2010, o IV Congretude com o tema: “A vida que eu não quero ter”.
Que privilégio para mim, ministrar naqueles dias, desenvolvendo um tema tão desafiador, tendo como base, a experiência de Daniel e seus companheiros, quando estiveram na corte de Nabucodonozor.
Com uma estrutura para lazer, descanso e estudos, o Sítio nos arredores da cidade, foi o ponto de encontro de jovens que chegaram de Governador Valadares, Ipatinga e Timóteo, além dos anfitriões fabricianenses.
Pude relembrar o tempo em que freqüentei a Casa de Oração, quando ainda situada às margens da 381. Hoje ela está na Copacabana.
O barulho ensurdecedor dos carros na rodovia incomodava, mas não foi capaz de impedir nossa aprendizagem e crescimento. Estar ministrando ali, foi o resultado da dedicação de minha mãe e das professoras da Escola Dominical. A elas, a minha gratidão!
Com uma atenção de emocionar, os jovens comiam cada palavra e bebiam cada reflexão, com uma fome de crescimento que me tocou profundamente. Aprendi muito com eles!
Pensando nas características da vida que não queremos ter, ou seja, que perde as oportunidades, que cede às tentações da vida e que não exerce a fé em Deus, fomos cavando e descobrindo nas sagradas escrituras, que Daniel fez exatamente o contrário - aproveitou a oportunidade porque estava preparado, rejeitou a comida porque não queria se contaminar e propôs um desafio porque confiava no seu Deus.
Ah, e a Festa dos Iguais?! Sim, teve muita descontração e criatividade. Sensacional! Que idéia genial de permitir que se formassem grupos com as mesmas características. Apareceu de cowboys a roqueiras!
A Festa dos Iguais nos fez pensar nas várias “tribos” urbanas que vivem por aí levando a vida que querem ter. Precisamos mostrar-lhes a nova Vida, a que precisam ter.
Violões, violeiros, bolas e boleiros, criaram um cenário de alegria, confraternização e novas amizades, num ambiente onde a informalidade não excluiu a espiritualidade.
Conheci também uma liderança madura, formada por casais dedicados, que não mediram esforços para investir na vida dos jovens e me hospedar. Parabéns, vocês são exemplo de vida, a que eu quero ter!
Eu sei que mencionar nomes é sempre um risco, mas vou externar minha percepção do que foi esse congresso, na atitude de quatro jovens que estiveram lá.
No Thiago de Timóteo, convivem muito bem, simpatia e simplicidade. Ele agrada sem fazer esforço!
O Júlio de Valadares tem no bom humor sua marca registrada. Mesmo estando sério, ele nos faz rir.
Da Marli de Ipatinga veio a reflexão oportuna. Palavras de uma garota determinada a viver uma vida que vale a pena, tal qual Daniel.
E o Lucas? Disseram que ele é meu sósia! Falante do início ao fim do congresso. Testemunho de mudança de vida, proporcionada pelo Congretude.
Voltei para casa mais cheio de vontade de continuar servindo, cantando e pregando, mas, sobretudo de continuar aprendendo.
Foi tudo de bom!
Júlio Elcio - 11/05/2010